Campo da Educação: Saberes e Práticas

Resumo do texto O que é educação  


EDUCAÇÃO? EDUCAÇÕES: APRENDER COM O ÍNDIO 

O autor neste pico discute se há um modelo de educação ou modelos de educação, pontuando que a escola não é o único modelo educacional e professor não é o único profissional que pratica o ato de educar, além de questionar se a escola da forma que está posta atualmente é o melhor lugar para a produção do ensino, pois a educação pode ocorrer em qualquer lugar, pois a mesma acontece na troca de conhecimentos e experiências, sendo que ela pode ser fruto de um ideal sistêmico com o intuito de reproduzir ideias e valores que permitam a manutenção das classes. Logo a educação é apresentada como uma entre muitas formas de expressão de uma fração do modo de vida de um povo, trabalhando como instrumento de massificação de ideias e costumes. Entretanto a função da educação vai além da reprodução de costumes e valores a mesma participa do processo de produção de crenças e ideias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjuntoconstroem tipos de sociedades. Logo a educação pode também fazer a função contraria e promover o processo de deseducação, pois a educação tem que promover a aprendizagem de conteúdos que possa ser utilizado na vida social para que o ser humano tenha a educação como algo útil é ele também seja útil.    

QUANDO A ESCOLA É A ALDEIA       

Neste pico o autor buscar analisar a forma com que a educação ocorre em outros ambientes diferente da escola, ele começa citando a capacidade dos indivíduos de transmitirem o conhecimento de geração a geração, exaltando a capacidade que eles possuem de aprender a partir de aspectos naturais, ocorrendo a apropriação do conhecimento e posteriormente a reprodução o que promovera o processo de ensino-aprendizagemEntretanto com os avanços sociais constantes que promoveram uma sociedade mais organizada fez com  que se desenvolvesse a segregação e a divisão por classes nascendo a problemática da educação, no que diz respeito as formas de transmissão dos saberes. É a partir de então que a questão da educação emerge à consciência e o trabalho de educar acrescenta à sociedade, passo a passo, os espaços, sistemas, tempos, regras de prática, tipos de profissionais e categorias de educandos envolvidos nos exercícios de maneiras cada vez menos corriqueiras e menos comunitárias do ato, afinal tão simplesde ensinar-e-aprender. Nas comunidades tribais este processo educacional acontecesse de maneira difusa, a mesma não possui pessoas especializadas destinadas a educação a mesma acontece com a participação de todos os anciões  da tribo, através de rodas de conversa onde valores e costumes são passados. Outra forma de ensino tribal são os treinamentos para situações do cotidiano, acreditando que este processo educacional dará forma ao individuo. 

ENTÃO, SURGE A ESCOLA  

presente texto vem analisar a origem da escola, está inicia com o processo de divisão social, separando aos poucos os que fazem o que se sabe ou se faz e o que se faz com o que se sabe. Então surge a especialidade de ensinar a saber e posteriormente o ensino vira pedagogia. Este é o começo do momento em que a educação vira o ensino, que inventa a pedagogia, reduz a aldeia à escola e transforma "todos" no educador, que é escolhido para conduzir o processo educacional de jovens que serão separados da tribo para aprenderem um conteúdo especifico. Sendo que a educação em algumas comunidades é entendida como mecanismo de troca de saberes universais, sendo que em comunidades que não possui um grau elevado de divisão do saber a educação existe sem a necessidade da escola sem haver um ensino especializado e formal. Logo mesmo em comunidades antigas como a Grécia o ensino ocorre de fora para dentro e possui uma função de controlador do saber hierarquizado e promovendo a separa entre plebeus e nobres.      

PEDAGOGOS, MESTRES-ESCOLA E SOFISTAS  

Neste capítulo o autor vem analisar a construção de alguns temas referentes ao processo de educação como por exemplo a ideia de teoria que é posto como um conjunto de normas que é reproduzido em forma de saber que se ensina para que viva e seja um homem livre, pois para os gregos nada do que possa ser feito ou transformado consiste em uma obra tão perfeita quanto o homem educado. Este contexto educacional da Grécia percorre o caminho do ensino como instrumento de transmissão de um oficio como o ensino como instrumento de capacitação para o ser humano livre poder agir e intervir na vida da prolis, sendo um saber teórico voltado para a construção da capacidade de comandar. Posteriormente a educação passa a ser pensada como formadora do espírito. Com o tempo a educação clássica deixa de ser um assunto privado, posse e questão da comunidade dos nobres dirigentes, e passa a ser questão de Estado, pública. 

A EDUCAÇÃO QUE ROMA FEZ, E O QUE ELA ENSINA  

A educação latina acontece de forma difusaa criança cresce tendo uma educação doméstica que busca a formação da consciência moral. O adulto educado que ela quer criar é o homem capaz de renúncia de si próprio, de devotamento de sua pessoa à comunidade. Entretanto na pratica a educação latina fora das residências ocorriam de duas formas: a educação oferta aos filhos dos camponeses que era uma educação voltada ao aprendizado de um oficio e a outra era a escola livresca,  para onde vão o futuro senhor (o dirigente livre do trabalho e do Estado) e o seu mediador, o funcionário burocrata do Estado ou de negócios particulares. A educação posteriormente foi difundida pelos locais dominados e acabou sendo utilizada como instrumento de dominação. 

EDUCAÇÃO: ISTO E AQUILO, E O CONTRÁRIO DE TUDO   

Neste pico a educação é analisada a partir de conceitos jurídicos e também por alguns conceitos dicionarizados, onde a mesma é apresentada como "Ação e efeito de educar, de desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais da criança e, em geral, do ser humano; disciplinamento, instrução, ensino." (Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, Caldas Aulete)  "Ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações jovens para adaptá-las à vida social; trabalho sistematizado, seletivo, orientador, pelo qual nos ajustamos à vida, de acordo com as necessidades ideais e propósitos dominantes; ato ou efeito de educar; aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, polidez, cortesia." (Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Hollanda), Juridicamente é apresentado o artigo 19 que vem falar dos princípios que norteiam a educação brasileira, posteriormente é abordado o artigo 29 que assegura a família escolha do modelo educacional a ser escolhido para os seus filhos. Outro ponto a ser analisado foram as políticas educacionais que interferiram diretamente na qualidade da educação brasileira, além de trazer críticas de docentes ao processo de implantação e execução das leis e medidas idealizadas, além das alterações feitas para pior das leis educacionais brasileiras. 

PESSOAS "VERSUS" SOCIEDADE: UM DILEMA QUE OCULTA OUTROS 

A educação tem como função principal preparar os indivíduos para as relações sociais, logo o processo educacional não ocorre de forma isolada, logo a educação guia o homem  no processo de aprendizagem que lhe permita construir a capacidade de julga moralmente, além de proporcionar a capacidade de se adaptável ao meio sico ou social. Logo a finalidade a educação são os interesses da sociedade, sendo falso o pensamento de que a educação não parte da vivencias dos homens como eles são, além da ideia de que a educação trabalha o corpo e a mente do homem, ela propicia a capacitação para a inserção da criança no mundo social lhe fazendo aprender conceitos que são transmito por gerações. 

SOCIEDADE CONTRA ESTADO: CLASSE E EDUCAÇÃO      
   
 O primeiro ponto a ser abordado é que a educação não consiste em uma propriedade privada, na sua essência ela pertence a comunidade, a mesma é o resultado de uma consciência viva dos seres humanos, que se trate de uma família, de uma classe ou de uma profissão. Sendo que na verdade cada sociedade, se impõe aos seus indivíduos através da educação de uma forma irresistível, pois a educação consiste em nó aprendizado através de experiências pessoais e sociais se tornando em algo continuo. Após tais discussões a educação deixa de ser privilegio e se tona algo essencial na construção social.  E, em qualquer tipo de ordem social, quanto mais a educação autoritária e classicista é expressão de um poder autoritário de uma sociedade classista, tanto mais ela procura apresentar-se como uma prática humanamente legítima, exercida em nome de leis legítimas e "para o bem de todos". A ideologia que fala através das leis, decretos e projetos da educação autoritária nega acima de tudo que ela seja uma pedagogia contra o homem — contra a verdadeira liberdade do homem através do saber, liberdade que existe através da verdadeira igualdade entre os homens. 

A ESPERANÇA NA EDUCAÇÃO  

A esperança na educação está ligada ao fato da mesma ser inevitável, além de possuir a capacidade de reinventar sendo vista como instrumento de mudança e não só de dominação e transmissão de culturas e valores e quando em alguma parte setores populares da população começam a descobrir formas novas de luta e resistência, eles redescobrem também " velhas e novas formas de "atualizar" o seu saber, de torná-lo orgânico. Criam por sua conta e risco, ou com a ajuda de agentes-educadores eruditos, outras formas de associação, como os sindicatos, os movimentos populares, as associações de moradores. Estes grupos, que geram outros tipos de mestres entre as pessoas do povo, geram também outras situações vivas de aprendizagem popular. Eu não tenho dúvidas em afirmar que é entre as formas novas de participação popular, nas brechas da luta política, que, hoje em dia, surgem as experiências mais inovadoras de educação no Brasil. Os professores tradicionais e os tecnocratas da pedagogia são cegos para elas, mas é ali que as propostas mais avançadas de "educação e vida", "educação na prática", etc, são criadas e testadas. Mais do que isso, em algumas partes do país comunidades populares tentam inventar agora tipos de escolas comunitárias que antecipariam, em uma plena democracia, o exercício de uma "educação como prática da liberdade". Aquela que, sendo sustentada economicamente pelo poder público, fosse política e pedagogicamente controlada pelas comunidades onde se exercesse. Quando em alguma parte setores populares da população começam a descobrir formas novas de luta e resistência, eles redescobrem também " velhas e novas formas de "atualizar" o seu saber, de torná-lo orgânico. Criam por sua conta e risco, ou com a ajuda de agentes-educadores eruditos, outras formas de associação, como os sindicatos, os movimentos populares, as associações de moradores. Estes grupos, que geram outros tipos de mestres entre as pessoas do povo, geram também outras situações vivas de aprendizagem popular. Eu não tenho dúvidas em afirmar que é entre as formas novas de participação popular, nas brechas da luta política, que, hoje em dia, surgem as experiências mais inovadoras de educação no Brasil. Os professores tradicionais e os tecnocratas da pedagogia são cegos para elas, mas é ali que as propostas mais avançadas de "educação e vida", "educação na prática", etc, são criadas e testadas. Mais do que isso, em algumas partes do país comunidades populares tentam inventar agora tipos de escolas comunitárias que antecipariam, em uma plena democracia, o exercício de uma "educação como prática da liberdade". Aquela que, sendo sustentada economicamente pelo poder público, fosse política e pedagogicamente controlada pelas comunidades onde se exercesse.    
                           
       
           

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