Universidade Federal do Sul da Bahia Componente Curricular: Língua, Território e Sociedade Curso: ABI – CUNI Coaraci Discentes: Alberício Silva de Jesus Ana Carolina de Jesus Fraife Tailande Venceslau Carneiro. Docente: Angêla Savilli Ignatti
ATIVIDADE SOLICITADA
Roteiro de Leitura do Texto - "Da fala para a escrita", de Antônio Marcuschi :
1) Ao final da p. 37, o autor diz o seguinte:
A hipótese que defendemos supõe que: as diferenças entre fala e escrita se dão dentro do continuum tipológico das práticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de dois polos opostos. Em consequência temos a ver com relações de vários planos, surgindo daí um conjunto de variações e não uma simples variação linear (MARCUSCHI, 2010, p. 37)
Explique, de acordo com os argumentos do autor, como se processa esse “conjunto de variações”.
De acordo com os argumentos do autor a diferença entre a forma escrita e a oral da língua se da no processo de formação destas, uma vez que na oralidade é levada em consideração também a capacidade de argumentação e de expressão, já na língua é norteado por regras preestabelecidas pelas normas gramaticais, o autor afirma que isso pode ser observado “justamente pelo fato de fala e escrita não se
recobrirem podemos relacionála, mas não em termos de superioridade ouinferioridade”.
Isso nos remete a uma reflexão de que não se pode mais examinar a oralidade e a escrita como opostas, mas, sim, como dois elementos interativos que se complementam no contexto das práticas sociais e culturais, e na análise do “conjunto de variações’, devem ser analisadas de forma separadas para que possam ser identificadas as particularidades de cada forma de expressão linguística, nesse ponto, acrescenta-se, que a língua, nessa perspectiva, não se envolve a língua de maneira homogênea, a apenas uma língua específica, mas sim um conjunto de variáveis.
2) Observe o seguinte trecho do texto, na p. 42:
Veja-se, por exemplo, como no gráfico 3 fica claro o equívoco de muitos autores que consideram a fala como dialogada e a escrita como monologada, confundindo uma das formas de textualização da fala com a própria modalidade. Basta observar o agrupamento e a distribuição dos gêneros textuais representados no gráfico para perceber como a distribuição das modalidades é muito mais complexa do que se podia imaginar. (MARCUSCHI, 2010, p. 42)
Explique qual é o equívoco a que Marcuschi se refere.
Ele se refere ao equívoco de achar que na escrita não há a possibilidade de ocorrer o diálogo, sendo que alguns gêneros textuais têm como característica principal a elaboração de um diálogo entre autores e leitores como, por exemplo, as entrevistas. Contemplar a língua em uso é importante porque pode auxiliar bastante nossas ações no trabalho de desfazer tais equívocos.
3) Sobre o trecho a seguir, responda:
Com base nessa concepção, fica de antemão eliminada uma série de distinções geralmente feitas entre fala e escrita tais como a contextualização (na fala) versus a descontextualização (na escrita), implicitude (na fala) versus explicitude (na escrita) e assim por diante, o que mostra nossa diferença em relação a certos modelos analisados anteriormente. (MARCUSCHI, 2010, p. 43)
a) A qual concepção Marcuschi se refere quando diz “Com base nessa concepção”?
A concepção da língua como um fenômeno heterogêneo com várias formas de expressão, com possibilidades de transformações sociais e culturais, além de ser entendida como indeterminada do ponto de vista semântico e sintático.
b) Por que a distinções “como a contextualização (na fala) versus a descontextualização (na escrita), implicitude (na fala) versus explicitude (na escrita)“ ficariam eliminadas a partir dessa concepção?
Porque o autor iguala as diferentes formas de expressão da língua onde a fala e a escrita são formas de expressão da mesma sem haver sobreposição e ranqueamento entre elas.
4) A partir dos argumentos apresentados por Marcuschi, como você explica o que é um processo de retextualização?
Retextualização partiria da ideia do ponto de que o texto oral e escrito ambos são organizados, porém ambos obtém uma organização particular logo o processo de reescrita de um texto oral para um texto escrito seria uma reorganização com base em padrões estabelecidos, pois tanto o texto oral quanto escrito possui seus padrões estabelecidos para que possa ocorrer o processo de entendimento por parte do receptor, e portanto, por a retextualização ser “um processo que envolve operações complexas que interferem tanto no código como no sentido e evidenciam uma série de aspectos nem sempre bem compreendidos da relação oralidade-escrita”, podemos concluir que essa complexidade se dá porque, para transformar um texto, é necessário que o indivíduo que faz a retextualização compreenda o que o falante quis dizer para, assim, realizar uma transformação do texto falado para o escrito de forma adequada, isto é, mantendo o mesmo sentido que o falante deu ao seu enunciado. Dentro dessa compreensão é importante salientar o contexto de retextualização porque é a partir dela que podemos encontrar as especificidades de cada plano da língua sem a atitude equivocada de classificá-los em mais ou menos relevantes dentro das várias maneiras que a língua pode se configurar.
Roteiro Análise da entrevista do escrito Allan da Rosa a partir da teoria do “Continuum-oral/escrito”, de Antonio Marcuschi.
1) Qual é a função do “discurso” da apresentadora inicial dentro da entrevista? È possível observarmos que ela se utiliza da norma culta (norma padrão) da Língua Portuguesa em seu discurso. Qual você acredita que seja o grau de planejamento da fala dela? Quais as marcar da linguagem escrita estão presentes na oralidade dela?
O discurso inicial tem como finalidade introduzir o conteúdo que seria discutido na entrevista. É utilizada a norma padrão da língua portuguesa por se tratar de uma entrevista, logo a apresentadora utiliza-se de um modelo já estabelecido, atendendo as normas do meio social e cultural que ela está inserida, deixando explicito um planejamento no discurso de forma que contribua para que chame atenção do público e contribua para que os mesmos se interessem pelo tema que será abordada, onde poder ser observado não características da língua escrita mais características culturais e sociais de uma fatia da população.
2) No caso do entrevistador, você acredita que houve um planejamento prévio das perguntas que ele faz ao entrevistado? Qual é o estilo de linguagem que ele utiliza, notam-se fortes marcas da oralidade? Notam-se marcas da linguagem escrita?
Creio que as perguntas foram preparadas antecipadamente para atender ao objetivo previamente estabelecido pelos organizadores da entrevista. A linguagem do entrevistador apesar de possuir alguns aspectos da oralidade característica de uma fatia da sociedade mais letrada por isso a utilização de uma linguagem formal.
3) Observando o discurso do entrevistado, o poeta Allan da Rosa, que tipo (ou tipos) de linguagem ele faz uso em seu discurso? Observamos marcas da linguagem escrita na oralidade dele? Se sim, apresente exemplos.
O entrevistado em seu discurso ele opta por utilizar uma linguagem coloquial característica da região ao qual ele mora sendo que esta atitude pode ser vista como uma forma de defesa e também de divulgação do material por ele produzido, logo através do seu discurso os telespectadores poderão ter uma noção da linguagem utilizada nas obras uma vez que estas têm como finalidade atender a uma demanda de um público específico, logo se percebe a organização no discurso e a expressão cultural no mesmo.
ATIVIDADE SOLICITADA
Roteiro de Leitura do Texto - "Da fala para a escrita", de Antônio Marcuschi :
1) Ao final da p. 37, o autor diz o seguinte:
A hipótese que defendemos supõe que: as diferenças entre fala e escrita se dão dentro do continuum tipológico das práticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de dois polos opostos. Em consequência temos a ver com relações de vários planos, surgindo daí um conjunto de variações e não uma simples variação linear (MARCUSCHI, 2010, p. 37)
Explique, de acordo com os argumentos do autor, como se processa esse “conjunto de variações”.
De acordo com os argumentos do autor a diferença entre a forma escrita e a oral da língua se da no processo de formação destas, uma vez que na oralidade é levada em consideração também a capacidade de argumentação e de expressão, já na língua é norteado por regras preestabelecidas pelas normas gramaticais, o autor afirma que isso pode ser observado “justamente pelo fato de fala e escrita não se
recobrirem podemos relacionála, mas não em termos de superioridade ouinferioridade”.
Isso nos remete a uma reflexão de que não se pode mais examinar a oralidade e a escrita como opostas, mas, sim, como dois elementos interativos que se complementam no contexto das práticas sociais e culturais, e na análise do “conjunto de variações’, devem ser analisadas de forma separadas para que possam ser identificadas as particularidades de cada forma de expressão linguística, nesse ponto, acrescenta-se, que a língua, nessa perspectiva, não se envolve a língua de maneira homogênea, a apenas uma língua específica, mas sim um conjunto de variáveis.
2) Observe o seguinte trecho do texto, na p. 42:
Veja-se, por exemplo, como no gráfico 3 fica claro o equívoco de muitos autores que consideram a fala como dialogada e a escrita como monologada, confundindo uma das formas de textualização da fala com a própria modalidade. Basta observar o agrupamento e a distribuição dos gêneros textuais representados no gráfico para perceber como a distribuição das modalidades é muito mais complexa do que se podia imaginar. (MARCUSCHI, 2010, p. 42)
Explique qual é o equívoco a que Marcuschi se refere.
Ele se refere ao equívoco de achar que na escrita não há a possibilidade de ocorrer o diálogo, sendo que alguns gêneros textuais têm como característica principal a elaboração de um diálogo entre autores e leitores como, por exemplo, as entrevistas. Contemplar a língua em uso é importante porque pode auxiliar bastante nossas ações no trabalho de desfazer tais equívocos.
3) Sobre o trecho a seguir, responda:
Com base nessa concepção, fica de antemão eliminada uma série de distinções geralmente feitas entre fala e escrita tais como a contextualização (na fala) versus a descontextualização (na escrita), implicitude (na fala) versus explicitude (na escrita) e assim por diante, o que mostra nossa diferença em relação a certos modelos analisados anteriormente. (MARCUSCHI, 2010, p. 43)
a) A qual concepção Marcuschi se refere quando diz “Com base nessa concepção”?
A concepção da língua como um fenômeno heterogêneo com várias formas de expressão, com possibilidades de transformações sociais e culturais, além de ser entendida como indeterminada do ponto de vista semântico e sintático.
b) Por que a distinções “como a contextualização (na fala) versus a descontextualização (na escrita), implicitude (na fala) versus explicitude (na escrita)“ ficariam eliminadas a partir dessa concepção?
Porque o autor iguala as diferentes formas de expressão da língua onde a fala e a escrita são formas de expressão da mesma sem haver sobreposição e ranqueamento entre elas.
4) A partir dos argumentos apresentados por Marcuschi, como você explica o que é um processo de retextualização?
Retextualização partiria da ideia do ponto de que o texto oral e escrito ambos são organizados, porém ambos obtém uma organização particular logo o processo de reescrita de um texto oral para um texto escrito seria uma reorganização com base em padrões estabelecidos, pois tanto o texto oral quanto escrito possui seus padrões estabelecidos para que possa ocorrer o processo de entendimento por parte do receptor, e portanto, por a retextualização ser “um processo que envolve operações complexas que interferem tanto no código como no sentido e evidenciam uma série de aspectos nem sempre bem compreendidos da relação oralidade-escrita”, podemos concluir que essa complexidade se dá porque, para transformar um texto, é necessário que o indivíduo que faz a retextualização compreenda o que o falante quis dizer para, assim, realizar uma transformação do texto falado para o escrito de forma adequada, isto é, mantendo o mesmo sentido que o falante deu ao seu enunciado. Dentro dessa compreensão é importante salientar o contexto de retextualização porque é a partir dela que podemos encontrar as especificidades de cada plano da língua sem a atitude equivocada de classificá-los em mais ou menos relevantes dentro das várias maneiras que a língua pode se configurar.
Roteiro Análise da entrevista do escrito Allan da Rosa a partir da teoria do “Continuum-oral/escrito”, de Antonio Marcuschi.
1) Qual é a função do “discurso” da apresentadora inicial dentro da entrevista? È possível observarmos que ela se utiliza da norma culta (norma padrão) da Língua Portuguesa em seu discurso. Qual você acredita que seja o grau de planejamento da fala dela? Quais as marcar da linguagem escrita estão presentes na oralidade dela?
O discurso inicial tem como finalidade introduzir o conteúdo que seria discutido na entrevista. É utilizada a norma padrão da língua portuguesa por se tratar de uma entrevista, logo a apresentadora utiliza-se de um modelo já estabelecido, atendendo as normas do meio social e cultural que ela está inserida, deixando explicito um planejamento no discurso de forma que contribua para que chame atenção do público e contribua para que os mesmos se interessem pelo tema que será abordada, onde poder ser observado não características da língua escrita mais características culturais e sociais de uma fatia da população.
2) No caso do entrevistador, você acredita que houve um planejamento prévio das perguntas que ele faz ao entrevistado? Qual é o estilo de linguagem que ele utiliza, notam-se fortes marcas da oralidade? Notam-se marcas da linguagem escrita?
Creio que as perguntas foram preparadas antecipadamente para atender ao objetivo previamente estabelecido pelos organizadores da entrevista. A linguagem do entrevistador apesar de possuir alguns aspectos da oralidade característica de uma fatia da sociedade mais letrada por isso a utilização de uma linguagem formal.
3) Observando o discurso do entrevistado, o poeta Allan da Rosa, que tipo (ou tipos) de linguagem ele faz uso em seu discurso? Observamos marcas da linguagem escrita na oralidade dele? Se sim, apresente exemplos.
O entrevistado em seu discurso ele opta por utilizar uma linguagem coloquial característica da região ao qual ele mora sendo que esta atitude pode ser vista como uma forma de defesa e também de divulgação do material por ele produzido, logo através do seu discurso os telespectadores poderão ter uma noção da linguagem utilizada nas obras uma vez que estas têm como finalidade atender a uma demanda de um público específico, logo se percebe a organização no discurso e a expressão cultural no mesmo.
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