LTS

Componente curricular: Língua Território e Sociedade 
Discente: Angela Sivalli Ignatti     

ntese dos quatro Mitos  

Mito 1 
O mito um vem discutir a afirmação de que "a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente", esta afirmação é confrontada e refutada pelo autor que argumenta a respeito da variedade de linguística brasileira influenciada por suas características geográficas e culturais, que são acentuadas pelo fenômeno da má distribuição de renda que faz do Brasil o segundo pior país neste quesito, este fator produz um abismo entre as pessoas de baixa renda e as mais avantajadas financeiramente, logo da mesma forma que existem os sem terra, os sem teto existem os sem língua, pois estes por não terem acesso a língua culta que apresentada na escola, os privando de um entendimento mais amplo, uma vez que existe ngua falada que traz caraterísticas regionais e culturais de cada localidade e a ngua culta que é padrão em todo o território. Está problemática deve ser discutida para que se crie mecanismos que diminuam esse abismo linguístico propiciando a elaboração de ações minimizadores deste problema, para que os alunos ao ingressarem na escola não tenham que estudar o português como uma língua estrangeira e também para que todos possam ter a capacidade de utiliar a língua formal ou informal.    
        
Mito 2 

Este mito visa analisar e discutir a ideia de que "o brasileiro não sabe português/  em Portugal se fala bem o português", o que segundo o autor consiste em uma inverdade, pois há diferença na língua portuguesa falada em Portugal e a falada no Brasil, este fato mostra um explicito preconceito linguístico ao português falado no Brasil olhando para o país ainda com uma visão colonial, sem levar em consideração fatores que são preponderantes para a construção e utilização da língua como a extensão territorial e os índices populacionais, logo o brasileiro fala bem a ngua portuguesa porem não o português de Portugal mas o português brasileiro que é construído com atributos da cultura brasileira, ambos só se assemelham na escrita já que as regras gramaticais são as mesmas, entretanto se o mesmo texto for lido por um português e um brasileiro as diferenças serão facilmente identificadas na forma com que se fala a ngua, logo surgi a necessidade de uma quebra deste preconceito para  valorização da ngua portuguesa brasileira assim como há a valorização do inglês americano levando em consideração a sua importância para a sociedade mundial deixando de olha para o Brasil ainda como um país colonizado e ainda refém culturalmente das nações tidas como "superiores" culturalmente promovendo a valorização nacional. 
    
Mito 3 

Nesse terceiro mito está discussão a respeito de que " língua portuguesa é muito difícil", o que não consiste em uma verdade uma vez que uma criança de cinco anos já consegue falar bem a sua ngua materna, o que faz com que essa visão seja criada em relação a língua portuguesa é o fato de os brasileiros falarem uma língua e estudarem outra língua, fazendo com que a mesma não faça sentido no cotidiano dos indivíduos criando uma lacuna e promovendo a segregação entre as pessoas que dominam a linguagem culta que é o português de Portugal aumentando o status quo de alguns gramáticos que dominam às regras gramaticais da ngua formal. 

Mito 4 

O quarto mito vem discutir o preconceito sobre as pessoas de baixa renda alegando que as mesmas falam tudo errado, o que refutado pelo autor e posto como preconceito regional e cultural, principalmente baseado na análise da ngua portuguesa como uma ngua plural e não singular, este fator faz com que a mesma não tenha que ser analisada apenas pelo viés da gramatica e do dicionário que vem abordar apenas conceitos e regras de uma ngua padrão que não é falada pela maioria da população brasileira, o fator do preconceito pode ser exemplificado através da comparação e análise da língua portuguesa falada pelos nordestinos e a falada pelos cariocas, paulistas e mineiros mesmo quando ocorre fenômenos semelhante só os nordestinos são ridicularizados devido ao preconceito e aos estereótipos já enraizados na cultura escolar brasileira que a região nordeste é menos desenvolvida e inferior a do sudeste.    

Universidade Federal do Sul da Bahia  
Componente: ngua Território e Sociedade 
Discentes: Albericio de Jesus e Danuza Mailly 
Data: 26/07/2017 
Cuni: Coaraci  

Roteiro de Leitura

  
1 – O documentário “Língua: Vidas em português” leva o espectador a conhecer falantes de português de diferentes continentes do mundo. Como você interpreta essa estratégia utilizada para o filme? 

Considero esta estratégia uma maneira inovadora de abordar questões linguísticaspois esta busca mostrar como a ngua é utilizada em rios locais diferentes, o proporciona uma leitura de como a mesma é forjada e moldada de acordo aos costumes e as referências históricas e culturais, fazendo com que fique claro a diversidade da língua portuguesa devido ao seu processo de formação e utilização em diversos locais distintos. 

2 – Comente a forma de falar da/do “personagem” do documentário que mais lhe despertou interesse e justifique sua escolha.  

Uma fala muito interessante é a do escritor Saramago, quando diz " não há uma ngua portuguesa há línguas portuguesas", este pensamento pode ser justificado com as diversas demonstrações  relatadas no filme de como o processo histórico e cultural influência na formação da língua e de como a mesma é falada no dia a dia de cada localidade, fazendo com que a ngua portuguesa tenha características particulares oriundas dos locais a qual elas são utilizadas "fazendo da ngua portuguesa um corpo refletido em rios espelhos" o que dá à ela características únicas. 

3 – Apresente algumas definições e descrições feitas no decorrer do filme sobre a língua portuguesa que tenham chamado sua atenção. 

As descrições da ngua portuguesa como uma língua em constante transformação, sendo esta, uma forma de expressão linguística que se adequa as características locais, aderindo vestígios de nguas locais, o que faz desta uma língua diversa única em cada lugar onde ela é falada. 

4 – Comente a fala do escritor José Saramago sobre o fato de a Língua Portuguesa estar sofrendo uma simplificação. Você concorda ou discorda dessa afirmação? 

Concordo, pois os avanços culturais e tecnológicos m produzido uma transformação na forma com que se utiliza às diversas línguas, em geral um processo de simplificação vem sendo adotado deixando de lado uma linguagem dentro dos padrões cultos e utilizando na maior parte das vezes uma linguagem menos formal e mais coloquial, fazendo da língua um instrumento adaptável ao momento, ao local e as necessidades.
            
5 – Em determinada passagem do documentário, Mia Couto discorre sobre como a língua portuguesa sofreu transformações nos diferentes territórios que a assimilaram e utiliza a metáfora de que a língua “se sujou”, explicando que “Sujou-se, nesse sentido em que é capaz de casar com o chão.” Apresente algumas possíveis relações de sentidos entre essa afirmação do escritor e o CC de LTS. (Para responder a esta questão, sugerimos a leitura do plano de ensino do componente, sobretudo os objetivos).    

Esta afirmação pode ser relacionada com o modelo pedagógico de Paulo Freire onde os aspectos linguísticos a serem estudados são os locais, pois a língua tem esta capacidade de se adequar aos costumes e as tradições locais pois a mesma é uma forma de expressão cultural, que visa transmitir as inflncias sociais e culturais trazendo para a mesma uma diversidade enorme. 

6 – Como você interpreta a afirmação de Martinho da Vila segundo a qual “[...] o que faz a memória é a palavra”?   

Se partirmos do pressuposto da língua como instrumento de transmissão faz com a palavra seja um instrumento indispensável para a construção das memorias pois através da transmissão das diversas expressões sejam elas culturais ou sociais, logo a memória ela vai sendo construída com as vivencias e também com os conteúdos adquiridos através da palavra.  

7 – Explique a afirmação “Falamos a mesma língua, mas ela não é falada da mesma maneira”, feita por Teresa Salgueiro ( na época, vocalista do grupo Madredeus). 

Esta afirmação se da pelo fato que a ngua está diretamente relacionada as referências sociais e culturais de cada indivíduo sem falar no fato de que o entendimento está relacionado a visão de mundo que é algo particular, logo a forma de expressar ou falar a ngua consiste em algo singular no fato de cada indivíduo ter uma forma de utilizar deste recurso e plural no que diz respeito a comunicação e transmissão do discurso.             

A relação entre o mitos dois e a ação dos imigrantes na transformação da língua portuguesa falada em Portugal    


Os mitos trazem situações conflitantes relacionadas aos preconceitos em relação a ngua portuguesa, entre eles está o mito que " o brasileiro não fala bem o português/ só em Portugal se fala bem o português, esta visão está diretamente relacionada ao fato de que a ngua portuguesa brasileira possui rios aspectos culturais que a fazem uma língua única e particular, diferente de todas as outras formas de português existente no mundo inteiro, pois ela traz consigo registros históricos de culturas nativas e também de países que contribuíram na formação linguística e cultural brasileira. 
Este mito pode ser relacionado com o registro do documentário  Línguas vidas em português, onde é apresentado uma nova visão do português de Portugal onde é mostrado relatos de imigrantes que vivem em Portugal e apresentado dados relacionados a este fato que implica na contribuição destes no processo de miscigenação da língua portuguesa falada em Portugal, pois com a globalização este processo é inevitável desmistificando esta ideia de que só em Portugal se fala o português corretamente pois devido a este processo cria-se novas expressões da língua portuguesa, fazendo desta um ser diversificado, particular e característico do local que expressam as construções sociais e culturais. 
          
Universidade Federal do Sul da Bahia Componente Curricular: Língua, Território e Sociedade Curso: ABI – CUNI Coaraci Discentes: Alberício Silva de Jesus Ana Carolina de Jesus Fraife Tailande Venceslau Carneiro. Docente: Angêla Savilli Ignatti 




ATIVIDADE SOLICITADA 


 Roteiro de Leitura do Texto - "Da fala para a escrita", de Antônio Marcuschi : 

1)      Ao final da p. 37, o autor diz o seguinte: 
A hipótese que defendemos supõe que: as diferenças entre fala e escrita se dão dentro do continuum tipológico das práticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de dois polos opostos. Em consequência temos a ver com relações de vários planos, surgindo daí um conjunto de variações e não uma simples variação linear (MARCUSCHI, 2010, p. 37) 
Explique, de acordo com os argumentos do autor, como se processa esse “conjunto de variações”. 
De acordo com os argumentos do autor a diferença entre a forma escrita e a oral da língua se da no processo de formação destas, uma vez que na oralidade é levada em consideração também a capacidade de argumentação e de expressão, já na língua é norteado por regras preestabelecidas pelas normas gramaticais, o autor afirma que isso pode ser observado “justamente pelo fato de fala e escrita não se 
recobrirem podemos relacionála, mas não em termos de superioridade ouinferioridade”.  
Isso nos remete a uma reflexão de que não se pode mais examinar a oralidade e a escrita como opostas, mas, sim, como dois elementos interativos que se complementam no contexto das práticas sociais e culturais, e na análise do “conjunto de variações’, devem ser analisadas de forma separadas para que possam ser identificadas as particularidades de cada forma de expressão linguística, nesse ponto, acrescenta-se, que a língua, nessa perspectiva, não se envolve a língua  de maneira homogênea, a apenas uma língua específica,  mas sim um conjunto de variáveis. 
       
2)   Observe o seguinte trecho do texto, na p. 42: 
  
Veja-se, por exemplo, como no gráfico 3 fica claro o equívoco de muitos autores que consideram a fala como dialogada e a escrita como monologada, confundindo uma das formas de textualização da fala com a própria modalidade. Basta observar o agrupamento e a distribuição dos gêneros textuais representados no gráfico para perceber como a distribuição das modalidades é muito mais complexa do que se podia imaginar. (MARCUSCHI, 2010, p. 42) 
Explique  qual é o equívoco a que Marcuschi se refere. 

Ele se refere ao equívoco de achar que na escrita não há a possibilidade de ocorrer o diálogo, sendo que alguns gêneros textuais têm como característica principal a elaboração de um diálogo entre autores e leitores como, por exemplo, as entrevistas. Contemplar a língua em uso é importante porque pode auxiliar bastante nossas ações no trabalho de desfazer tais equívocos. 

3)  Sobre o trecho a seguir, responda: 
Com base nessa concepção, fica de antemão eliminada uma série de distinções geralmente feitas entre fala e escrita tais como a contextualização (na fala) versus a descontextualização (na escrita), implicitude (na fala) versus explicitude (na escrita) e assim por diante, o que mostra nossa diferença em relação a certos modelos analisados anteriormente. (MARCUSCHI, 2010, p. 43) 
  
a) A qual concepção Marcuschi se refere quando diz “Com base nessa concepção”? 
A concepção da língua como um fenômeno heterogêneo com várias formas de expressão, com possibilidades de transformações sociais e culturais, além de ser entendida como indeterminada do ponto de vista semântico e sintático.     
  
b)  Por que a distinções “como a contextualização (na fala) versus a descontextualização (na escrita), implicitude (na fala) versus explicitude (na escrita)“ ficariam eliminadas a partir dessa concepção? 
 Porque o autor iguala as diferentes formas de expressão da língua onde a fala e a escrita são formas de expressão da mesma sem haver sobreposição e ranqueamento entre elas.  
4)     A partir dos argumentos apresentados por Marcuschi, como você explica o que é um processo de retextualização? 
Retextualização partiria da ideia do ponto de que o texto oral e escrito ambos são organizados, porém ambos obtém uma organização particular logo o processo de reescrita de um texto oral para um texto escrito seria uma reorganização com base em padrões estabelecidos, pois tanto o texto oral quanto escrito possui seus padrões estabelecidos para que possa ocorrer o processo de entendimento por parte do  receptor, e portanto, por a retextualização ser “um processo que envolve operações complexas que interferem tanto no código como no sentido e evidenciam uma série de aspectos nem sempre bem compreendidos da relação oralidade-escrita”, podemos concluir que essa complexidade se dá porque, para transformar um texto, é necessário que o indivíduo que faz a retextualização compreenda o que o falante quis dizer para, assim, realizar uma transformação do texto falado para o escrito de forma adequada, isto é, mantendo o mesmo sentido que o falante deu ao seu enunciado. Dentro dessa compreensão é importante salientar o contexto de retextualização porque é a partir dela que podemos encontrar as especificidades de cada plano da língua sem a atitude equivocada de classificá-los em mais ou menos relevantes dentro das várias maneiras que a língua pode se configurar. 

 Roteiro Análise da entrevista do escrito Allan da Rosa a partir da teoria do “Continuum-oral/escrito”, de Antonio Marcuschi.  

1)      Qual é a função do “discurso” da apresentadora inicial dentro da entrevista? È possível observarmos que ela se utiliza da norma culta (norma padrão) da Língua Portuguesa em seu discurso. Qual você acredita que seja o grau de planejamento da fala dela? Quais as marcar da linguagem escrita estão presentes na oralidade dela? 

O discurso inicial tem como finalidade introduzir o conteúdo que seria discutido na entrevista. É utilizada a norma padrão da língua portuguesa por se tratar de uma entrevista, logo a apresentadora utiliza-se de um modelo já estabelecido, atendendo as normas do meio social e cultural que ela está inserida, deixando explicito um planejamento no discurso de forma que contribua para que chame atenção do público e contribua para que os mesmos se interessem pelo tema que será abordada, onde poder ser observado não características da língua escrita mais características culturais e sociais de uma fatia da população. 
2)      No caso do entrevistador, você acredita que houve um planejamento prévio das perguntas que ele faz ao entrevistado?  Qual é o estilo de linguagem que ele utiliza, notam-se fortes marcas da oralidade? Notam-se marcas da linguagem escrita? 
Creio que as perguntas foram preparadas antecipadamente para atender ao objetivo previamente estabelecido pelos organizadores da entrevista. A linguagem do entrevistador apesar de possuir alguns aspectos da oralidade característica de uma fatia da sociedade mais letrada por isso a utilização de uma linguagem formal.  
3)      Observando o discurso do entrevistado, o poeta Allan da Rosa, que tipo (ou tipos) de linguagem ele faz uso em seu discurso? Observamos marcas da linguagem escrita na oralidade dele? Se sim, apresente exemplos. 


O entrevistado em seu discurso ele opta por utilizar uma linguagem coloquial característica da região ao qual ele mora sendo que esta atitude pode ser vista como uma forma de defesa e também de divulgação do material por ele produzido, logo através do seu discurso os telespectadores poderão ter uma noção da linguagem utilizada nas obras uma vez que estas têm como finalidade atender a uma demanda de um público específico, logo se percebe a organização no discurso e a expressão cultural no mesmo.     
                     
          

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