A universidade como instrumento de transformação social



A educação historicamente sempre foi vista como um instrumento fundamental para a transformação social, e a universidade se apresenta como uma engrenagem fundamental deste instrumento, está vem sofrendo várias transformações durante a história, essas transformações ocorreram para que a mesma se adapte as mudanças sociais e culturais, passando de um local de reprodução de conhecimentos, para um lugar de transformação e produção.
Um dos marcos desta mudança foi, a criação do modelo hulbotidtiano, que surgiu na Alemanha, propondo uma metodologia de ensino voltada para investigação e a liberdade na aprendizagem, possibilitando ao estudante uma flexibilidade na escolha dos componentes curriculares para que ele obtenha uma formação plena e não apenas profissional, produzindo um ser com maior capacidade de ler e interpretar a realidade na qual ele está inserida, com capacidade de intervir sobre está promovendo melhorias reais, o que levou a adoção deste modelo pelas principais instituições de ensino superior do mundo após o tratado de Bolonha.
Essa visão de educação dialoga com o modelo de ensino utilizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, que propunha uma educação libertadora, capaz de promover uma leitura e compreensão da realidade do aluno, para que o mesmo possa posteriormente atuar como agente transformador, pois para ele " se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, logo a mesma se apresenta como um veículo de promoção de mudanças sociais e culturais. Entendendo que para haja eficacia da educação, se faz necessário este tipo de alfabetização que prepara para a leitura do mundo e não só dos signos, fazendo da educação um instrumento de transformação social e consequentemente cultural, através da formação de uma massa crítica capaz de atuar como agente ativo e promotor de transformação, através da construção do conhecimento que poderá propiciar melhorias no que diz respeito a estrutura física local, assim como um avanço em aspectos sociais e culturais que implicará em uma melhor qualidade de vida e isso passa pelas escolhas de componentes curriculares que consigam contribuir para essa alfabetização entendendo que na maioria das vezes ela não acontece na educação básica.

Uma vez que a universidade possui um tripé composto por ensino, pesquisa e extensão, a última deveria ser voltada para a construção de conhecimentos que também promovam melhorias na sociedade onde seus alunos estão inseridos, pois não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar a forma com que as pessoas ao nosso entorno o veem e assim a educação realiza sua função social. 

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